25 abril 2007

O PEDÁGIO ARRECADA 46 MILHÕES DE REAIS POR MÊS NO PARANÁ, “ESCLARECE” GAZETA DO POVO 20/04/2007



Segundo matéria divulgada nesta sexta-feira (19/04/2007) com o título “Empresas de pedágio dizem ter perdido R$ 3,1 milhões” do jornal Gazeta do Povo, fica cada vez mais claro o assalto que estas concessionárias fazem aos bolsos dos paranaenses.

Segundo a própria matéria as manifestações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocorreram na terça e quarta e o principal prejuízo das concessionárias foi com a arrecadação, pois as cancelas estavam abertas.

Qualquer cidadão sabe que se em dois dias um empresa deixa de lucrar R$ 3,1 milhões, a sua arrecadação diária é de R$ 1,55 milhão, multiplicando por 30 dias teremos R$ 46,5 milhões de arrecadação por mês.

A Prefeitura de Almirante Tamandaré tem o orçamento anual de cerca de R$ 60 milhões com 112 mil habitantes, ou seja a arrecadação mensal das concessionárias de pedágio é quase igual ao orçamento anual de um município com 112 mil habitantes.

Para ficar mais claro, a arrecadação anual das concessionárias de pedágio do Paraná, cerca de R$ 558 milhões, é a quase igual a 9 anos do orçamento da Prefeitura de Almirante Tamandaré.

Qual empresa no mundo tem esta margem de lucro? Acredito que lucros como estes são encontrados na história na Espanha e em Portugal com a exploração de dezenas colônias latinoamericas (ouro, prata e tráfico de escravos da África), no tráfico de bebidas durante a lei seca nos EUA (época de Al Capone) e, como afirmou o subprocurador geral da República Aurélio Vírgílio, “A margem de lucro das concessionárias só têm comparação com tráfico internacional de drogas”.

Vale a pena lembrar que a folha de pagamento das concessionárias é uma piada perto de sua lucratividade, o investimento das concessionárias é ridículo perto dos seus lucros exorbitantes. Mas sabe como é, sempre tem um pilantra para defender este tipo de coisa.

E nós, como sempre, continuamos na luta, defendendo os trabalhadores e trabalhadoras do Paraná e do Brasil.

Chega de exploração!
Fora pedágio!

24 abril 2007

CONTRA PEDÁGIO

Jornal Horah News.
Jornalista Roseli Abrão


O ex-deputado Acyr Mezzadri, que coordena o Fórum Contra o Pedágio no Paraná, se anima com o movimento nacional que visa a apresentação de um projeto de iniciativa popular, no Congresso Nacional, para impedir a implantação de novas praças de pedágio no Brasil.
Segundo ele, serão necessárias 1,5 milhão de assinaturas em pelo menos cinco Estados, mas o movimento, que já está estruturado no Paraná e no Rio Grande do Sul, começa a ter adesão dos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro.

18 abril 2007

MST

MST lembra massacre contra sem-terra e ocupa pedágios Até o fechamento da edição, somente três das 25 praças invadidas tinham sido liberadas
por KATIA BREMBATTI, Marco Martins, Miguel Portela e Rogerio Waldrigues Galindo
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocupou ontem 25 das 27 praças de pedágio das rodovias paranaenses. O objetivo era lembrar a morte de 19 sem-terra, assassinados em um confronto com a polícia em Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. Diversos outros estados também tiveram manifestações semelhantes.No Paraná, os sem-terra chegaram às praças de cobrança no início da manhã. Em nenhuma das praças houve confronto. Os funcionários das concessionárias que fazem a cobrança saíram pacificamente de seus postos. Segundo o MST, o movimento prometeu devolver os lugares hoje à tarde, limpos e da maneira como foram encontrados.Em todas as 25 praças, os manifestantes ergueram as cancelas e permitiram que os motoristas passassem sem pagar a tarifa. Só no trecho da rodovia BR-277, que liga Curitiba ao litoral, estima-se que 12 mil veículos tenham passado pelas cancelas erguidas. Aos motoristas, os sem-terra entregavam material de divulgação e vendiam bonés, bandeiras e comida. Apenas os postos de cobrança na PR-151, em Jaguariaíva, e na BR-373, em Imbituva, não tiveram a liberação do pagamento da tarifa. As concessionárias foram à Justiça para conseguir a liberação das praças. Até o início da noite, já havia ordem de desocupação de 16 praças, mas apenas as praças localizadas nos arredores de Prudentópolis, Laranjeiras de Sul e a de São José dos Pinhais, no trecho que liga Curitiba às praias, haviam sido desocupadas. Na praça do litoral, os sem-terra receberam a informação judicial de reintegração de posse, mas se recusaram a sair. Mais tarde, porém, acabaram desocupando a praça. O MST informou durante o dia que a intenção era dormir nas praças e só deixar os locais na tarde de hoje.Reforma agráriaAlém de lembrar o episódio de Eldorado dos Carajás, os manifestantes disseram que também pretendiam cobrar agilidade na reforma agrária. Existem 8 mil famílias acampadas no Paraná aguardando a reforma agrária. “Os eixos do movimento são ‘reforma já’, ‘a Vale [do Rio Doce] é nossa‘ e ‘pedágio é roubo’. Escolhemos as praças porque temos uma boa relação com os caminhoneiros e para sensibilizar a opinião pública”, afirmou José Damasceno, membro da coordenação estadual do MST.O presidente da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias, João Chiminazzo Neto, destacou que acompanhou o noticiário nacional sobre as ações do MST e só no Paraná o protesto se voltou para as praças de pedágio. Ele reforçou que as empresas possuem sistemas de segurança para contar os veículos que passaram sem pagar a tarifa e que devem pedir indenização pela receita perdida com a ocupação.Em Cascavel, a Jornada de Lutas pela Reforma Agrária foi marcada também por um ato público no Centro da cidade, na praça da Catedral Nossa Senhora Aparecida. No local, cerca de 400 assentados e sem-terra expuseram alimentos produzidos nos assentamentos da região e depositaram 19 cruzes de madeira na calçada, para simbolizar as vítimas de Eldorado de Carajás.A manifestação mostrou que o descontentamento do MST é cada vez maior em relação à atual política de reforma agrária do governo Luiz Inácio Lula da Silva. “O processo de seleção de famílias está paralisado. Não se obtêm novas áreas para desapropriação e nem recursos para melhorar a infra-estrutura dos assentamentos”, disse Oiti Finkler, assentado no projeto de reforma agrária Santa Terezinha, interior de Cascavel. De acordo com ele, os assentados têm muitas dificuldades para obter linhas de créditos para investimento e habitação nos assentamentos.Para dificultar a identificação dos integrantes do MST, câmeras de vídeo das praças foram cobertas com sacos plásticos, vedadas com adesivos ou quebradas. Dezenas de bandeiras do movimento e com a estampa de Che Guevara deram o tom do protesto. A maioria dos motoristas buzinava e incentivava os manifestantes.“Seria excelente se todos os dias eles ocupassem as praças, os motoristas iriam agradecer”, diz o motorista de caminhão Ivanildo Costa de Oliveira, que ontem deixou de pagar R$ 34,80 de pedágio de seu caminhão. “Esse pedágio também é um massacre”, afirmou Oliveira.

16 abril 2007

NOVOS PEDÁGIOS


CI12/04/2007 - 12h28
Cloraldino Severo afirma que modelo brasileiro de concessões de rodovias prejudica a sociedade

O ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo qualifica como lesivo à sociedade o modelo adotado no país para o sistema de concessão da exploração de rodovias ao setor privado. Em audiência pública nesta quinta-feira (12), na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), ele disse que os defeitos são tão graves que anulam a possibilidade de êxito na transferência já prevista de novas rodovias, cujos editais estão sendo preparados pelo governo.
- Todo problema começa quando se promove debate para tratar de editais, e não sobre a questão que os antecede, que é o modelo de concessão lesivo à sociedade - afirmou o ex-ministro, ao comentar sobre audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para discutir as novas concessões.
Cloraldino Severo, que hoje atua como consultor na área de transportes, disse que a audiência com a ANTT, mesmo restrita ao debate específico sobre os termos dos editais, permitiu detectar que os estudos sobre as rodovias a serem licitadas são imprecisos e incompletos. Afirmou que, nas condições apresentadas, há brechas para que venha a ser requerida a impugnação dos editais.
O ex-ministro também criticou a abertura de editais para concessão de diversas rodovias, em um único momento. Esse procedimento, como afirmou, facilita a formação de "conluios" entre as empresas interessadas. Ou seja, as empresas podem combinar a distribuição dos trechos e forçar os preços de concessão para baixo.
- É preciso que se tenha atenção a isso e que se pense melhor sobre a oferta de todos os trechos ao mesmo tempo - alertou.
Na avaliação do ministro, o governo também descuidou-se de exigências em relação a novos investimentos nas rodovias, o que demonstra a preocupação imediata com um valor mais reduzido para as tarifas de pedágio. Observou, no entanto, que os investimentos terão mesmo de ser feitos, o que vai provocar depois, de qualquer maneira, a revisão do valor dos pedágios.
Cloraldino Severo salientou que as atuais concessões demonstram alto grau de ineficiência, pois apenas voltam para investimentos, nas rodovias, 27,9% de cada real pago de pedágio, enquanto 50% representam custos operacionais. Essa discrepância, como afirmou, precisa ser investigada, o que exige, como afirmou, a abertura da "caixa preta" da ANTT.
O ex-ministro condenou, ainda, o fato de o modelo de concessões deixar de garantir pista alternativa, de padrão simples, para os usuários que não queiram pagar pedágio. Essa prática, como afirmou, é adotada em muitos países para atender sobretudo à população que vive ou estabelece pequenos negócios às margens das rodovias quando elas são construídas.- Não se pode promover concessões e chegar para essas pessoas e dizer: agora você tem de pagar para usar a estrada - argumentou.
Gorette Brandão / Repórter da Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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