Pelotas — Não integro o time dos que exigem boas estradas, mas não querem pagar pedágio. Meu lado contraditório não chega a tanto. Entretanto, não me é indiferente a discussão sobre os valores cobrados e, principalmente, a contrapartida oferecida pelas concessionárias.Quem viaja para Pelotas, utilizando-se da BR-116, não consegue entender como é que uma estrada de 250 quilômetros coberta por quatro estações de pedágio, está em tão más condições.
Em vários pontos do trajeto, o acostamento é um enfileirar de buracos que, em outros, espalham-se também pelo leito da rodovia. Qual é a explicação? Cobram caro e não mantêm a estrada em boas condições. Um verdadeiro escárnio.
Pelo que paga para viajar de Porto Alegre a Pelotas, o usuário deveria desfrutar de uma estrada de Primeiro Mundo. Entretanto, pelo alto desembolso recebe uma rodovia remendada, mal sinalizada e cheia de buracos. Uma porcaria.
Quem explica esta situação, se é que existe explicação?Sempre que estamos diante de uma tragédia rodoviária, imediatamente debitamos na conta da imprudência dos motoristas. De fato, o despreparo e a falta de cautela de muitos condutores são as causas principais dos acidentes. Mas e as precárias condições das estradas, quem por elas responde?A BR-116, Porto Alegre — Pelotas, é um caso de polícia. O Ministério Público, com as prerrogativas que recebeu da Constituição de 1988, tem a obrigação de mover ação cabível contra as autoridades que permitem a exploração do usuário.
Quem sai de Porto Alegre, vai a Pelotas e volta para a Capital, é parado e cobrado sete vezes. Sete pedágios! E a estrada é uma droga.
É inadmissível que nada seja feito. No começo deste ano, foram reajustados os valores cobrados. Quem é que vai enquadrar quem recebe e não cumpre a sua parte? Estamos, porventura, com as nossas caras pintadas, qual palhaços?
Colunista: Wianey Carlet: Zero Hora
2 comentários:
Sou Gaúcho e moro em Brasília e, recentemente viajei de carro de férias para visitar parentes em Pelotas e região e fiquei indignado com o valor abusivo cobrado nos pedágios e a má contrapartida oferecida, é um absurdo! Os estados do sul são os que mais exploram a cobrança de pedágio e dão em compensação estradas mal conservadas como é o caso da BR 116 que liga Pelotas a Porto Alegre. Como pode em uma extensão de 250 quilômetros se gastar mais de R$ 25,00 só de pedágio (só ida). Será que a estrada vale R$ 0,10 por quilômetro para ser usada? Aonde está sendo aplicado o dinheiro arrecadado? Quem fiscaliza essa arrecadação?
João Olacir Tavares
Eu viajei mes passado de Vitória-ES para passar férias no extremo sul, pois minha família mora em uma cidade próximo a Pelotas; o trajeto completo de Vitória a Pelotas deu aproximadamente 2400 kilometros e gastei ao todo 126 reais de pedágio, só no trecho de Porto Alegre a Pelotas, que dá um total de 250 kilometros gastei mais de 40 reais com o pedágio.Um absurdo, pois de todo trajeto este é o pior de se trafegar pelas más condiões da rodovia,mas...fazer o que?
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