Itatiba é praticamente uma ‘ilha’ cercada de pedágios por todos os lados. Há praças para todos os cantos e preços que variam de R$ 1,30 a R$ 6,60. As praças de pedágio localizadas nas rodovias que ligam Itatiba a Campinas e a Atibaia estão entre as mais caras do País.
Uma questão que preocupa não só aos motoristas, mas, também, todo o setor produtivo — desde empresas até pequenos produtores agrícolas — da região, são os pedágios, presentes em praticamente todas as principais estradas que ligam Itatiba a outras cidades.
Não só o número de praças impressiona, mas, principalmente, os preços cobrados. Só como exemplo, vale citar o pedágio no quilômetro 110 da Rodovia Dom Pedro I, em Itatiba, onde é cobrado dos motoristas, veículo simples, a taxa de R$ 6,60. Pelo tamanho do percurso, aproximadamente 20 km até Campinas, é uma das cobranças mais caras do Brasil.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Economia Aplicada (IPEA) mostra que o brasileiro paga, em média, R$ 8,77 a cada 100 km rodados em rodovias concedidas à iniciativa privada.
Custo / Segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a tarifa quilométrica — valor por quilômetro de rodovia — inclui os custos de operação, conservação e parte da amortização dos investimentos em obras. Engloba também o Sistema de Ajuda ao Usuário (SAU), que oferece gratuitamente socorros mecânico, médico, guincho e remoção de acidentados.
Mesmo com a conservação das rodovias, os usuários de Itatiba e região que precisam utilizar a via reclamam do preço das tarifas. “Quem mora em Itatiba e trabalha ou estuda em Campinas, gasta com pedágio mais de R$ 250 por mês. É um dos pedágios mais caros do País. Não tenho informação de pedágios mais caros do que esses da nossa região”, observa o estudante da PUC – Campinas, Carlos de Oliveira.
CPI / O Partido dos Trabalhadores (PT), entrou com pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembléia Legislativa para apurar possíveis irregularidades no Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. Mas até o momento não foi efetivado por que faltam 2 assinaturas.
Segundo deputado Luiz Claudio Marcolino, líder da bancada do PT na Assembléia de São Paulo, a CPI visa analisar e investigar a ocorrência de irregularidades envolvidas nas concessões e praças de pedágios. “Queremos dar mais transparência e saber o custo ideal do pedágio”, revela Marcolino.
Para o deputado, a CPI possui justificativas óbvias. As estradas paulistas foram privatizadas a partir de 1998, sem critérios claros na elaboração do Programa. Por outro lado, as concessões penalizam toda a logística de transportes, pois 93% do transporte em São Paulo são realizados por rodovia, encarecendo o frete, sendo repassado às mercadorias e diminuindo a competitividade do Estado.
Negócio de bilhões/ Segundo Marcolino, São Paulo tem 19 concessionárias, das quais cinco ainda não entregaram seus balanços. “Até o momento o crescimento do pedágio foi de 11% e com isto o valor da arrecadação se situa em aproximadamente R$ 7,5 bilhões, no ano passado”, afirmou.
Os números do negócio de pedágios impressionam, a concessionária Rota das Bandeiras, que administra as praças da região teve, teve excelente resultado em 2012.
De acordo o deputado, a arrecadação da concessionária subiu para R$ 65,8 milhões mais os investimentos caíram R$ 25 milhões. O demais números veja na tabela abaixo.
Fonte: AGÊNCIA BOM DIA
bomdiaitatibal@bomdiaitatiba.com.br
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