29 novembro 2016

Pedágio ficará mais caro na quinta-feira

Paraná Os usuários das rodovias do Anel de Integração pagarão mais caro pelo pedágio a partir desta quinta-feira. A correção dastarifas foi aprovada na terça-feira pela Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná) e o reajuste é anual e está previsto em contrato.
Os índices de correção das tarifas irão variar de 4,04% a 5,19% e ficarão aquém da inflação dos últimos 12 meses, que ficou em 7,87% segundo o IPCA.
Mas a agência havia homologado anteriormente, também com vigência a partir de 1º de dezembro, a aplicação da revisão tarifária para cobrir os custos de obras não previstas em contrato, como viadutos e duplicações, ou obras cujo cronograma foi antecipado.
Os índices de correção a serem aplicados pelas concessionárias são osseguintes:
Rodonorte e Ecovia - 4%;
Ecocataratas - 5%;
Viapar - 10%;
Caminhos do Paraná - 11% e
Econorte - 13%

Fonte:http://www.oparana.com.br/

24 novembro 2016

MPF recomenda que concorrência para concessão da rodovia SP-333 seja suspensa

São Paulo, 24 - O Ministério Público Federal em Marília (SP) recomendou a suspensão da concorrência internacional para concessão da Rodovia SP-333, que liga Florínea, na divisa com o Paraná, a Igarapava, próximo a Minas Gerais. O procedimento prevê a instalação de uma praça de pedágio nos arredores do município de Marília, a menos de um quilômetro do entroncamento com a Rodovia Transbrasiliana (BR-153), Isto, segundo o MPF, obrigaria os usuários da estrada federal a pagarem a tarifa para utilizarem apenas um pequeno trecho da concessão estadual.

De acordo com comunicado do MPF, cálculos preliminares a partir da estrutura tarifária divulgada pela Agência Reguladora de Transportes Terrestres do Estado de São Paulo (Artesp) apontam que o valor cobrado seria de acerca de R$ 6,95 para veículos leves. O trecho de cobertura da praça de pedágio será de 63 quilômetros, contudo os motoristas que se destinam à Transbrasiliana vão trafegar em pouco mais de 19 quilômetros da rodovia estadual.

"Tal situação mostra-se sensivelmente prejudicial ao usuário da BR-153, que será desproporcionalmente onerado por uma praça de pedágio de uma concessão da qual fará pequena utilização", destacam os procuradores da República Diego Fajardo M. Leão de Souza e Jefferson Aparecido Dias, autores da recomendação. O MPF pede à Artesp que faça estudos complementares com o objetivo de definir a melhor localização da praça de pedágio.

Os procuradores recomendam ainda que seja analisada a possibilidade de obrigar a futura concessionária da SP-333 a ter a cobrança do pedágio por quilômetro percorrido. Atualmente, segundo o edital de concessão, fica a cargo da empresa optar ou não pelo uso da tarifa proporcional.

Riscos

"Os estudos recomendados também têm como objetivo conciliar o projeto de concessão da SP-333 com o plano de construção do anel viário de Marília, futuro prolongamento da BR-153, de forma a permitir a melhor solução de tráfego para o entroncamento das duas rodovias", diz o comunicado do Ministério Público.

Na avaliação dos procuradores, há também o perigo potencial de se desequilibrar o tráfego de toda a região urbana e entorno rural de Marília, tendo em vista novas rotas de fuga que possam vir a ser utilizadas pelos motoristas. "A praça de pedágio poderá ainda segregar distritos e moradores da cidade que necessitam transitar diariamente pela SP-333", dizem.

O MPF também recomenda que a Artesp promova uma audiência pública no município para que sejam discutidas com a população local as vantagens e desvantagens do projeto de concessão e opções de instalação da praça de pedágio. A agência realizou audiências nas cidades de São Paulo, Assis, Capão Bonito, Araraquara e Peruíbe, mas Marília ficou de fora dos debates.

Segundo o Ministério Público, a recomendação também é direcionada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e à Transbrasiliana, concessionária da BR-153, para que participem dos estudos complementares a serem realizados. Os órgãos e a empresa têm 10 dias para informar o MPF sobre as medidas que serão adotadas.
 Agência Estado


21 novembro 2016

Pedágio na Faria Lima fica mais caro a partir de segunda-feira

A Artesp informou  que a praça de pedágio de Dobrada, no km 307,6 da rodovia Faria Lima, passará a realizar cobrança de tarifa de pista dupla. Com isso, a tarifa de R$ 6,60 será alterada para R$ 8,10 a partir da zero hora desta segunda-feira (21) conforme previsto no contrato de concessão da Triângulo do Sol.

A duplicação de 17,25 quilômetros no trecho entre Dobrada e Taquaritinga – entre o km 313,2 e o km 330,5 - foi entregue em junho e passou a beneficiar usuários e moradores. Desde então, os motoristas foram beneficiados com a pista dupla, porém a tarifa de pista simples foi mantida por cinco meses.

O trecho duplicado passa, ainda, pelos municípios de Santa Ernestina e Guariba. Nesse segmento, após a duplicação a quantidade de acidentes diminuiu 76%, considerando as ocorrências de julho a outubro de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Passou de 21 acidentes para 5. 

Executadas pela concessionária Triângulo do Sol, as obras tiveram investimento total de R$ 49,3 milhões, verba proveniente das tarifas de pedágio. Além da duplicação, as intervenções incluíram a implantação de três dispositivos de acesso e retorno.

A obra também atende as cidades de Jaboticabal, Taiuva, Taquaral e Pitangueiras. Com a entrega desta obra, a SP-326 passou a ser integralmente duplicada entre a Rodovia Washington Luís (SP-310) e a cidade de Barretos. As obras geraram mais de 800 empregos diretos e indiretos, segundo a Artesp.

Fonte: O DIARIO/Online.

19 novembro 2016

Rodosol pede aumento para pedágios da ponte e rodovia no ES

O reajuste dos pedágios da Terceira Ponte, em Vitória, e para a praça localizada em Setiba, Guarapari, no Espírito Santo, foi solicitado pela concessionária que administra os serviços, a Rodosol.
O documento foi entregue para a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsp), que já está analisando os pedidos. O diretor presidente, Julio Castiglioni, explicou que a solicitação anual de reajuste está prevista no contrato assinado entre a concessionária e o governo do estado.
Castiglioni antecipou que para a Terceira Ponte há decisão judicial que impede qualquer reajuste. Sendo assim, a Arsp deverá indeferir o pedido. “O último reajuste concedido foi determinado pela Justiça”, acrescentou.
Ele refere-se ao aumento praticado em janeiro de 2016, quando a tarifa passou de R$ 0,80 para R$ 0,95. Foi o primeiro reajuste autorizado desde que a tarifa foi congelada em 2013, após os protestos que tomaram conta das ruas.
Setiba
Já para a praça localizada em Praia Sol, Setiba, a situação é diferente. Duas decisões judiciais já apontaram que não há impedimento para reajustar a tarifa naquele ponto, explicou Castiglioni.
Sendo assim, a Arsp segue o que está previsto em contrato. “No momento é o que a agência está analisando”, informou o diretor.
Se o reajuste for concedido, ele começará a ser aplicado a partir do dia primeiro de janeiro do próximo ano. O valor do reajuste pedido não foi informado.
Embate
Atualmente está sendo cobrado em Setiba uma tarifa de R$ 8,50. Valor que tinha sido reajustado em janeiro de 2016.
O aumento foi questionado pela 35ª Promotoria de Justiça Cível de Vitória e, dentre os argumento estava a inclusão de que no valor estava incluído a cobrança pela conserva especial que não estava sendo realizada na rodovia.
Uma liminar concedida pelo juiz Marcelo Pimentel, da 10ª Vara Cível de Vitória, em setembro, reduzindo a tarifa para R$ 7,70, em outubro. Poucos dias depois, esta liminar foi derrubada pela 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, retornando com o valor integral da tarifa para R$ 8.50.
Procurada pela reportagem, a Rodosol confirmou apenas que solicitou o reajuste, “conforme previsto em contrato”.

Informativo que chama a atenção para assédio contra mulheres gera polêmica entre passageiros em BH

Um informativo que circula quinzenalmente no transporte coletivo de Belo Horizonte tem chamado a atenção dos passageiros. Isso porque o quadro “Gentileza Urbana” apresenta na edição deste mês o pedido “Não assediar mulheres nos pontos ou dentro dos ônibus”.
Para os passageiros, a frase causa constrangimento. “Assédio é crime e não pode ser tratado como mera gentileza urbana”, disse uma passageiros que preferiu anonimato.
Apesar de alguns passageiros reprovarem a mensagem, o professor de Direito Penal da Puc-Minas, Leonardo Isaac Yarochewsky explica que o informativo tem o objetivo de orientar e não fere a lei penal. “É uma mensagem educativa. A palavra assédio é utilizada, em muitas vezes, de forma equivocada pelas pessoas e por isso causa estranhamento”.
Assédio, conforme o Artigo 216A do Código Penal é caracterizado contra a liberdade de direito da pessoa e que prevaleça sua condição de superior hierárquico para constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual.
Em nota, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) informou que as campanhas educativas tem o objetivo de orientar os passageiros. Na atual edição do Jornal do Ônibus (nº 518), em circulação no transporte coletivo municipal desde a última quarta-feira (16), está sendo abordado, na seção Gentileza Urbana, o tema assédio às mulheres nos pontos e nos ônibus (Gentileza Urbana é não assediar as mulheres nos pontos ou nos ônibus). Essa campanha foi sugerida por uma usuária do transporte coletivo.
A maioria dessas sugestões são enviadas pelos passageiros, que são identificados na própria seção, através do e-mail jornaldoonibus@pbh.gov.br. O jornal é quinzenal e esta edição será trocada no dia 1/12.
A BHTrans orienta aos passageiros que qualquer ato de desrespeito, assédio, ou delito nos coletivos deve ser denunciado ao motorista, que é orientado a parar o ônibus e solicitar intervenção policial

Da Redação
Hoje em Dia - Belo Horizonte

17 novembro 2016

Argentina quer cobrar “pedágio” para quem entrar no país

Junto com o plano de segurança das fronteiras, o governo da Argentina estuda cobrar um pedágio para quem entrar no país. A taxa de migração seria cobrada em todas as 147 entradas do país. A informação foi vinculada em meios de comunicação da Província de Misiones, pelo delegado do Ministério do Interior da Nação, Alfredo Schiavoni.
A proposta pode ser incluída no projeto de “endurecimento” da política migratória, que aumentará o controle nas fronteiras. A iniciativa prevê medidas mais eficazes nos procedimentos de detecção de antecedentes de estrangeiros, com, inclusive, a deportação de estrangeiros que vivem ilegalmente nas regiões de fronteira. O governo anunciou ainda, uma carteira de trânsito fronteiriço para facilitar a entrada de moradores das fronteiras.
A Câmara de Turismo de Puerto Iguazú é contra a cobrança da taxa migratória para quem entra no país pela Ponte Internacional tancredo Neves, na fronteira com Foz do Iguaçu. O setor entende que a cobrança poderá dificultar o acesso de turistas brasileiros.
O governo pretende criar também um pelotão de polícia de fronteira, com autonomia para investigar imigrantes ilegais com antecedentes criminais.
Fonte: www.ambito.com

14 novembro 2016

Bombinhas retoma cobrança de pedágio ambiental nesta terça-feira

A cobrança do pedágio ambiental de Bombinhas recomeça à 0h de amanhã com expectativa de turbinar os cofres do município. Na temporada passada, a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) aumentou em R$ 6,2 milhões a arrecadação do município, segundo o Portal da Transparência. É metade dos R$ 12,5 milhões gerados (boa parte ainda não foi paga), mas um reforço bem-vindo em uma cidade com economia baseada em turismo de alta sazonalidade.
A prefeitura anunciou mudanças para esta temporada, com mais pontos de pagamento, melhorias no sistema para evitar instabilidade e capacitação dos servidores para que tenham mais agilidade no atendimento aos estrangeiros, que correspondem à maior fatia do turismo local.
Sem possibilidade de pagamento à distância, os carros que vêm de fora do país são cobrados na chegada à cidade. A expectativa é que, com o treinamento, os servidores que atuam na cobrança do pedágio consigam sanar as dúvidas e resolver mais rápido os problemas enfrentados por quem vem do exterior. Desta forma, espera-se garantir maior fluidez ao já complicado trânsito na entrada da cidade.
Veículos nacionais podem ter a taxa paga em um dos pontos credenciados, ou pela internet – inclusive depois de deixar a cidade, por até 30 dias. Depois disso, são cobrados juros.
Inadimplentes são incluídos na dívida ativa do município
Há duas semanas a prefeitura começou a enviar correspondência de cobrança aos brasileiros inadimplentes. Ao todo, 226.039 motoristas deixaram de pagar a taxa desde que ela foi implantada, em janeiro de 2015. Desde então se tentava convênio com o Detran, que só agora foi firmado. A prefeita Ana Paula da Silva (PDT) acredita que em 90 dias será possível medir o efeito que o comunicado de cobrança terá sobre as contas públicas.
Quem passou pelo pedágio sem pagar nos últimos verões não é impedido de entrar na cidade. No entanto, o débito será incluído na dívida ativa do município e o devedor poderá ter o nome adicionado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), caso ele não faça o pagamento.
– Vivemos em uma cidade de 20 mil habitantes que tem 200, 300 mil de ocupação, já chegou a 500 mil. Ainda que tivéssemos a taxa de lixo mais cara do Brasil, não conseguiríamos dar conta da limpeza da praia. Hoje Bombinhas não pode abrir mão da TPA – defende a prefeita Ana Paula.
CPI analisa aplicação do valor arrecadado
A iniciativa de criar o pedágio foi bem aceita pelos moradores de Bombinhas e influenciou na reeleição da prefeita, com 72,9% dos votos – o maior índice da região. Mas ainda há questionamentos em relação ao custo de operação do sistema e à aplicação do valor recebido.
Os dados sobre investimentos carecem de transparência e, embora haja um espaço na página da prefeitura na internet especialmente para dúvidas sobre a Taxa de Preservação Ambiental, falta acessibilidade na especificação de valores. A reportagem pediu à prefeitura a tabela de prestação de contas, mas os dados não foram enviados até o fechamento desta edição.
Dúvidas em relação à aplicação do dinheiro do pedágio motivaram a abertura de uma CPI na Câmara de Vereadores. Os membros foram nomeados em outubro, mas ainda não se reuniram oficialmente.
Por lei, os recursos arrecadados com a TPA são aplicados em infraestrutura ambiental, educação ambiental, conservação e preservação do meio ambiente, limpeza pública e saneamento.
A maior parte do recurso foi aplicada, até agora, em lixeiras e recolhimento do lixo que fica nas praias. A prefeita Ana Paula da Silva diz que a prefeitura vai implementar limpeza nas trilhas que cortam a cidade, e que está em fase de licitação a compra de uma lancha para fiscalizar praias de difícil acesso e controlar a pesca ilegal.
O município ainda vai aplicar R$ 10 milhões na desapropriação de áreas da Costeira de Zimbros, que foi decretada parque nacional. A medida foi adotada em resposta a especulações de que a Costeira, que reúne quatro praias, ribeirões e cachoeiras circundadas pela Mata Atlântica, poderia ter construções liberadas.
Ação contra taxa ambiental segue na Justiça
A TPA é alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) em 2014. O julgamento final está marcado para quarta-feira, um dia após o pedágio voltar a ser cobrado.
O MP alega na ação que a lei que instituiu a cobrança não é clara em relação à aplicação da taxa e confronta o princípio da isonomia tributária, por se limitar ao período de maior visitação na cidade. O caso começou a ser julgado em 19 de outubro, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), mas a votação foi suspensa após um pedido de vista do desembargador Joel Dias Figueira Junior. O placar estava em cinco votos a um, pela manutenção da taxa.
O relator, desembargador Cid Goulart, votou favorável ao pedágio, alegando incontestável importância da cobrança para o meio ambiente. Acrescentou, ainda, que enquanto a arrecadação for destinada à preservação, não há que se falar em inconstitucionalidade.
Como é feita a cobrança?
Radares identificam as placas dos veículos que entram na cidade e emitem a cobrança. A taxa tem validade de 24 horas (ou seja, se entrar e sair da cidade duas vezes no mesmo dia, paga apenas uma vez). É possível pagar ao chegar ao município, num dos postos de cobrança, ou pela internet.
Até quando é cobrado o pedágio?
De 15 de novembro a 15 de abril de 2017
Quanto custa?
Motocicleta, motoneta e bicicleta a motor: R$ 3
Veículos de pequeno porte (passeio/automóvel): R$ 24
Veículos utilitários (caminhonete e furgão): R$ 36
Veículos de excursão (van) e micro-ônibus: R$ 48
Caminhões: R$ 72
Ônibus: R$ 120
*Estes são os preços válidos até 31 de dezembro de 2016. Em 1o de janeiro é feito reajuste
Onde posso pagar?
Escritório Central da TPA
Posto de Atendimento Zimbros, na Avenida Vereador João da Luz, 17, Zimbros (segundo acesso)
Secretaria do Turismo, Av. Leopoldo Zarling, 136, Bomba
Shopping Tropical, que fica na Av. Vereador Manoel José dos Santos, esquina com a Rua Merluza, Centro
Posto de Atendimento ao Turista, localizado no topo do morro, com atendimento 24 horas.


08 novembro 2016

Novo tipo de concessão terá pedágio mais barato

O governo do Estado de São Paulo está começando a modificar o modelo de concessões para as rodovias estaduais. O pacote, que está em fase final de implantação, atende uma série de demandas de motoristas e especialistas que têm sido discutidas nos mais de 20 anos das privatizações.
O pacote prevê tarifas em média 19% mais baratas, cobrança de valores diferentes, com base em horário e fluxo de veículos, além de descontos para quem utilizar sistemas eletrônicos de pagamento e a implantação de wi-fi em todo o percurso da rodovia. No entanto, o modelo só valerá para os novos lotes de concessão. As rodovias que já têm contrato receberão as mudanças somente quando o contrato atual expirar.
Das cinco concessionárias que administram as rodovias que cruzam a Região Metropolitana de Campinas (RMC), a Renovias é a que tem o contrato mais próximo do fim, em 2022. As demais ainda estão longe de acabar: AutoBAn (2026), Rodovia das Colinas (2028), Rodovias do Tietê (2039) e Rota das Bandeiras (2039).
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou na semana passada o decreto que dá o ponto de partida às mudanças, autorizando a cobrança seletiva por horário ou fluxo de veículos. Um primeiro lote de rodovias, no Centro-Oeste Paulista, entre as cidades de Florínea e Igarapava será contemplado com o novo formato. O edital foi publicado no Diário Oficial do Estado no último sábado.
O governo promete incluir outros 570 km de rodovias concessionadas nas regiões administrativas de Araraquara, Barretos, Bauru, Franca, Marília e Ribeirão Preto, já sob o novo modelo de concessão. Empresas estrangeiras poderão participar das concorrências, e o critério de julgamento da licitação será o de maior valor de outorga fixa.
“A parte que já é pedagiada, estamos calculando, em média, 19% na redução do preço do pedágio”, afirmou o governador, sobre o lote já concessionado no Centro-Oeste paulista. “Quem tiver o tag eletrônico vai ter um desconto de 5% na tarifa de pedágio. E estabelecemos a possibilidade de estimular o tráfego em horários com menor movimento, com desconto aos usuários”, disse.
Para o engenheiro civil Percival Bisca, professor da Unicamp e especialista em trânsito, a modernização é necessária e resultado de décadas de observações e ajustes nos primeiros lotes de concessões, há mais de 20 anos. As rodovias que cortam o Estado estão entre as melhores do Brasil, mas os valores das tarifas de pedágio são duramente criticados. “Acho que o novo modelo de concessões reflete um aprendizado desses anos todos. Cobrar valor diferente do horário de pico é muito importante e usado em vários lugares pelo mundo. É uma maneira de distribuir melhor a cobrança”, avalia.
De acordo com Bisca, é impossível adotar esse novo modelo nas rodovias da região que já têm contratos em vigência e com longo período de duração. “É complicado mexer em contrato, porque envolve o dinheiro mudar de mão. Por exemplo, dar desconto para quem paga o pedágio automático dificilmente as concessões existentes vão aceitar, porque representa uma perda que elas não vão topar. Agora, em uma concessão nova, quem entrar no jogo vai ter que aceitar.”
http://www.portugaldigital.com.br/economia/

04 novembro 2016

Alckmin cria primeiro pedágio flexível do Estado

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lançará nesta sexta-feira, 4, o primeiro edital de concessão de rodovia no Estado que prevê preço de pedágio flexível. Em um trecho de mais de 570 quilômetros de pista, a gestão determinará que a empresa vencedora da disputa cobre mais caro por veículos circulando em horário de pico e, consequentemente, preveja desconto para os condutores trafegando em outros horários de menor fluxo.
O porcentual de variação de cobrança não está previsto no edital e deverá ser definido por quem ganhar o certame, respeitando proporções a serem estabelecidas. A experiência poderá embasar o governo a difundir o modelo para outras concessões estaduais e é a primeira de um pacote planejado pela gestão nas rodovias paulistas.
O edital desta sexta englobará sete rodovias e está sendo denominado de Rodovia do Centro-oeste Paulista, saindo da cidade de Florínea, na divisa com o Estado do Paraná, e seguindo até Igarapava, próximo de Minas.
A concessão por um período de 30 anos prevê aplicação de R$ 3,9 bilhões a serem usados em duplicação, restauração, instalação de equipamentos e sistema de segurança em toda a extensão da rodovia. A implementação de uma rede Wi-Fi no trecho está sob avaliação.
Hoje, o cálculo das tarifas de pedágio leva em conta a categoria das pistas - se têm canteiro central ou são simples, por exemplo - e o tipo de veículo. De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que regula o setor, a quantidade de pedágios implementados nas vias garante ao usuário um pagamento "mais justo e proporcional ao trecho percorrido".
Há a expectativa ainda de que a empresa vencedora assuma os trechos hoje administrados pela Vianorte, que incluem os 131,2 quilômetros da Via Anhanguera, além de cinco outras pistas. Com isso, é esperado um novo cálculo para o pedágio nesses trechos, com redução de tarifa que poderia chegar a 19%.
 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.