O Ministério Público se diz surpreso, a prefeita Kelly Moraes (PT) é contra e a população se revolta. A proposta de reajuste das tarifas de pedágio em 17% para custear a construção de um viaduto orçado em R$ 18 milhões no Trevo Fritz e Frida mexeu com os ânimos de políticos e usuários da RSC–287. No governo do Estado, pode ser indício de discórdia.
Nos bastidores, comentários dão conta de que o governador Tarso Genro (PT) não concorda com a proposta apresentada pela Secretaria de Infraestrutura e Logística. Por prever o aumento das tarifas, para R$ 8,05, a proposta iria contra a postura defendida pelo governo petista. A situação teria gerado um mal-estar entre o governador e o secretário Beto Albuquerque (PSB).
Em viagem ao Rio de Janeiro, o governador ainda não se manifestou sobre o assunto. Apesar das afirmações de que teria se posicionado contra a socialização dos custos da reforma no Trevo Fritz e Frida, Genro ainda não explicitou uma opinião. Segundo a assessoria do governador, tudo não passa de boatos.
Depois da polêmica, Albuquerque apelou à neutralidade. “Eu não estou defendendo proposta nenhuma. Fui apresentar proposições para um problema que estão reclamando em Santa Cruz do Sul, mas a decisão não é minha.” Criticando a movimentação na internet, o secretário fez um apelo para que a mobilização se reflita em grande participação na audiência pública que deve ocorrer nos próximos dias e diz não temer as críticas: “Eu prefiro ser criticado por propor soluções a ser esquecido por ser omisso.”
Em resposta aos problemas apontados pela comunidade, Albuquerque defende a proposta apresentada na segunda-feira. “Só ofereci uma solução cuja conta será paga exclusivamente por quem usa a rodovia. De outra forma, todos os contribuintes vão pagar a conta”, afirma.
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