O engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho, não acredita na possibilidade da implantação de pedágios na BR-262, no trecho de Três Lagoas a Campo Grande. Segundo ele, o tráfego de veículos nessa rodovia é considerado pequeno e, certamente não haveria interesse das empresas em obter a concessão da via para realizar os investimentos e cobrar pedágios.
Segundo o Ministério dos Transportes, existe um estudo onde sete grandes corredores do País, principalmente os da região Centro Oeste, teriam cobrança de pedágios. Entretanto, o governador André Puccinelli (PMDB) já declarou que a privatização seria inviável na BR-262, que possui 783 quilômetros, entre os municípios de Corumbá, na fronteira com a Bolívia, e Três Lagoas, divisa com o estado de São Paulo.
Apesar do maior tráfego de veículos na BR-262, ser no trecho de Três Lagoas a Campo grande, o qual tem 325,6 quilômetros, não despertaria interesse das empresas, já que não é considerado intenso. Pela projeção do DNIT, atualmente, em média, 3.500 veículos trafegam pela rodovia. Os números são baseados no último levantamento para a implantação de projetos na rodovia, realizado em 2009, o qual apontava que, na época cerca de 2.900 veículos trafegavam pela Br-262. Segundo Marinho, para estimar o número atual é calculado um acréscimo de 3% ao ano.
Embora, uma grande quantidade de veículos passe sobre a barragem de Jupiá, o engenheiro explicou que nem todos trafegam pela BR-262. “A barragem é o gargalo. Diariamente mais de nove mil veículos passam pelo local, contudo alguns têm como destino a BR-158, sentido Selvíria e outros na mesma rodovia, só que em direção a Brasilândia”, explicou.
Marinho comentou que nas rodovias onde existem pedágios a media de veículos que trafegam pelo local é de 15 mil por dia. O governador André Puccinelli disse que a instalação de pedágios seria viável apenas em duas estradas federais do Estado, a BR-163, que possui 852 quilômetros entre as dividas do Mato Grosso e Paraná. Contudo a cobrança do pedágio seria viável apenas no trecho entre a divisa com Mato Grosso e Nova Alvorada do Sul, onde existe um intenso tráfego de caminhões.
De acordo com o governador, a privatização também poderia ocorrer na Br-267, que tem 683,4 quilômetros em Mato Grosso do Sul, entre a fronteira com o Paraguai, em Porto Mortinho e a divisa com o estado de São Paulo. Entretanto, Puccinelli disse que a cobrança de pedágio só teria viabilidade no trecho entre Novo Alvorada do Sul e o estado paulista.
PROJETO
Conforme Marinho, em breve, deve ser definida a empresa que vai executar obras de restauração, conservação e manutenção na BR-262. Para o próximo mês está previsto também o início da implantação de radares e lombadas eletrônicos nesse rodovia, assim como na BR-158.
Recentemente, o Ministério Público Federal (MPF), através do procurador Leonardo Augusto Guelfi, instaurou inquérito civil público a fim de apurar as condições de tráfego, segurança e aplicação de verbas públicas federais destinadas à conservação da BR 262, no trecho Três Lagoas a Água Clara. O inquérito foi aberto com base em denúncia das péssimas condições de trafego na rodovia.
Fonte: Portal Jornal do Povo
de três Lagoas.
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