O Fórum Popular contra o Pedágio também está denunciando as licitações promovidas pelo governo federal para o pedagiamento das rodovias que cruzam o litoral do Paraná em direção a São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Há provas concretas que no edital de licitação consta as planilhas de custos elaboradas por duas concessionárias: a brasileira CR Almeida e a italiana Impregilo”, disse o coordenador Acir Mezzadri na audiência pública realizada nesta terça-feira (2) na Assembléia Legislativa.
As denúncias, pelos advogados do fórum, serão apresentadas nesta semana ao Ministério Público Federal. “Os editais têm vício de origem e devem ser anulados. Não há como dar continuidade nessa licitação como esse flagrante”, disse o advogado Gehad Hajar.
Mezzadri disse que o novo modelo de pedágio, apesar de viciado, serviu para mostrar o quão nefasto e perverso o modelo instalado no Paraná desde 1997. “As novas tarifas, em média R$ 1,00 e R$ 1,50, mostraram que pagar R$ 12,5 para descer o litoral é mais do que um assalto a mão armada. Esse modelo se esgotou e deve ser revisto imediatamente porque faltam 14 anos para o seu fim. A economia do Paraná não vai suportar tamanha sangria”.
CONTRA – O fórum popular também se colocou contra a proposta da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), que encaminhou mensagem ao legislativo gaúcho prorrogando as concessões no estado por mais 20 anos. “As concessões vencem em 2013 e a governadora, assim como se fez no Paraná, encaminha uma mensagem a toque de caixa para prorrogar o pedágio para mais 20 anos. Isso é um absurdo”, disse Mezzadri.
O coordenador do fórum adiantou que várias pesquisas já foram realizadas e mais de 90% da população gaúcha é contra a prorrogação das concessões. “O que população gaúcha quer é o mesmo que a população do Paraná: que os pedágios baixem de forma significativa, se adequando a nova realidade econômica do país”, disse Mezzadri.
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