Representantes de 36 sindicatos ligados à Intersindical, Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) e CUT Regional Litoral Sul, mais a Associação dos Usuários de Estradas Pedagiadas do Rio Grande, na manhã de ontem interromperam o trânsito na BR-392 por duas horas no trecho entre Rio Grande e Pelotas. O ato foi em protesto contra os pedágios.
Munidos de faixas com frases de protesto e camisetas confeccionadas para a mobilização, nas quais observam que "Prorrogação dos pedágios é golpe", os sindicalistas se concentraram no quilômetro 32 da rodovia. No local, impediram o trânsito totalmente das 10h às 11h10min e depois passaram a liberar a passagem por aproximadamente dez minutos em cada sentido da estrada, de forma alternada.
A manifestação se estendeu até o meio-dia. Durante o período de uma hora e dez minutos em que o trânsito ficou totalmente paralisado, formou-se engarrafamento de cinco quilômetros em cada sentido da rodovia. Conforme o secretário da Intersindical, Daniel Pereira, o movimento foi pacífico e teve como proposta expressar para a sociedade o descontentamento com o modelo de pedágio implantado no Rio Grande do Sul e a contrariedade à proposta de prorrogação dos contratos de concessão das rodovias do Estado. "O movimento sindical está todo unido neste sentido", destacou. Enquanto a rodovia esteve bloqueada, foi liberada apenas a passagem de veículos com pessoas doentes. Segundo os manifestantes, o objetivo não foi prejudicar a sociedade e sim chamar a atenção da população para o problema.
Numa das faixas, os manifestantes destacavam que "Prorrogar é manter o que está ruim". Os sindicalistas também distribuíram panfletos aos motoristas, nos quais explicavam por que são contra os pedágios. O valor pago por um carro de passeio na praça de pedágio existente no trecho é R$ 6,20. Portanto, numa viagem entre Porto Alegre e Rio Grande, para um automóvel, a despesa é de R$ 54,50. Daniel Pereira diz ainda que cada navio de soja que sai do porto com 70 mil toneladas do produto significa R$ 550 mil que ficam no pedágio. Os sindicalistas observam que os atuais contratos têm tarifas muito caras e as concessionárias não realizaram obras de ampliação nas estradas sob sua concessão.
Nesta terça-feira, uma representação destas entidades estará na Assembléia Legislativa para acompanhar o trabalho dos deputados, que devem decidir hoje se retiram o projeto da pauta ou se irão votá-lo.
Carmem Ziebell
Agora o jornal do Sul
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