A privatização das rodovias estaduais de São Paulo - Ayrton-Senna/Carvalho Pinto, Marechal Rondon (trechos Leste e Oeste), Dom Pedro I e Raposo Tavares - vai provocar a redução das tarifas em oito das 13 praças de pedágio hoje existentes nessas estradas. Só que a medida é por tempo limitado: vai vigorar apenas nos primeiros seis meses de 2009. No segundo semestre do ano que vem, novas praças de pedágio serão construídas e as tarifas vão subir.
Por que a redução vai durar só seis meses?
Porque é o período que as novas empresas concessionárias, escolhidas por licitação no final de outubro, terão para fazer reformas prioritárias nas estradas, como recuperação de pavimento, sinalização horizontal e vertical, instalação de equipamentos de monitoração e serviço de atendimento ao usuário.
Enquanto essas reformas são feitas, as empresas só poderão cobrar pedágios onde eles já existem, com preços menores ou iguais aos praticados hoje.
Mas e depois? No trecho leste da Marechal Rondon, entre Campinas e Bauru, por exemplo, o gasto vai mais que duplicar no segundo semestre de 2009, passando de R$ 7,40 a R$ 18,80 (considerando ida e volta). Sabemos que muitos leitores do Guia Quatro Rodas aprovam aumentos na cobrança de pedágios, desde que isso se traduza em melhorias consideráveis na qualidade das rodovias. No caso da Marechal Rondon, a situação é crítica. Por ser muito extensa – mais de 800 km nos trechos Leste e Oeste – e possuir rodovias paralelas mais utilizadas, como a Castelo Branco e a Washington Luis, ela ficou meio abandonada, com faixas simples em muitos trechos e asfalto remendado.
Já na Raposo Tavares, a reforma vai ter que ser muito boa para compensar as novas tarifas: no trecho de Ourinhos a Presidente Epitácio, a rodovia vai ganhar quatro novas praças de pedágio, além das duas já existentes. O motorista que hoje gasta R$ 4,60 para percorrer esse trecho numa única direção, irá pagar nada menos que R$ 14,60.
Também haverá aumentos de tarifas no trecho Oeste da Marechal Rondon e na Dom Pedro I. A única exceção é a Ayrton-Senna/Carvalho Pinto, que hoje cobra R$ 27 de São Paulo a Taubaté (ida e volta). Nos próximos seis meses, esse valor cairá para R$ 13 e depois permanecerá nesse patamar, com a cobrança distribuída entre pedágios nos dois sentidos da estrada.
Na Estrada
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