26 agosto 2011
Concer pede adiamento da audiência pública na Alerj
A audiência pública convocada em conjunto por três comissões pernanentes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) para a a próxima quarta-feira (31) para discutir a atuação da Concer, empresa que administra a BR-040, trecho Rio-Petrópolis-Juiz de Fora, foi desmarcada a pedido da concessionária.
O presidente da empresa, Pedro Jonsson, alegou não poder comparecer na data nem poder se fazer representar por outra pessoa.
- A discussão de melhorias na estrada e de redução do pedágio não interessa à Concer, é claro, mas não vamos abrir mão disso”, afirma o deputado Bernardo Rossi (PMDB) que solicitou às comissões a audiência pública.
A intenção é discutir também o projeto da nova pista de subida da serra – uma trecho de 20 quilômetros orçado em R$ 830 milhões.
A Concer vai ser convidada em uma outra data, nos primeiros dias de setembro, mas um novo adiamento não será admitido. “A empresa será, então, convocada”, assegura Bernardo Rossi.
O deputado Marcus Vinícius (PTB), que também representa Petrópolis na Alerj, garante que a discussão será levada até o fim. “Em seguida à audiência entra em funcionamento a Frente Parlamentar que está sendo instituída para rever, item a item, o contrato com a Concer”, afirma.
A audiênca pública mobiliza 15 parlamentares distribuídos em três comissões permanentes: Obras, Transportes e Meio Ambiente. Deputados mineiros também já assinalaram presença na audiência pública insatisfeitos com a administração da concessionária que opera a principal ligação rodoviária entre Rio de Janeiro e Minas.
Uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas será realizada em seguida Assim como eu, que presido a Comissão de Meio Ambiente da Alerj, os deputados Marcelo Simão (PSB), presidente da Comissão de Transportes, e Domingos Brazão (PMDB) presidente da Comissão de Obras, estão empenhados para essa audiência e para que o encontro defina medidas práticas e imeditas a serem empregadas na BR-040
A Concer não vai adiar a audiência sucessivamente como vem fazendo com as obras de duplicação da pista de subida da serra”, afirma Átila Nunes.
Os deputados querem respostas pontuais para falta de manutenção, segurança e comunicação com os usuários. “Outro ponto é a nova pista de subida, um custo de mais de R$ 40 milhões por quilômetro, valor que pode significar reajuste de pedágio e prorrogação do contrato da empresa”, afirma Bernardo Rossi.
“Apesar dos constantes acidentes, muitos deles com gravidade, não vimos acontecer uma ação de prevenção, de manutenção e sinalização das pistas”, completa Marcus Vinícius. Os parlamentares querem obras imeditadas que justifiquem um pedágio a R$ 8 – reajustado no dia 20 de agosto – uma das maiores taxas do país.
Fonte: Diário de Petrópolis.
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4 comentários:
SEGUNDO INFORMA O DNIT CUSTO DE RESTAURAÇÃO RODOVIAS É 400 MIL/KM PRA DEIXAR ESTRADA COMO NOVA VIDA UTIL DE MAIS DE 10 ANOS...
O Globo, 6/3/2005
UM CAMINHÃO DE DINHEIRO
Rodovias sob concessão no estado arrecadaram quase R$900 milhões em 2004
Os motoristas têm deixado um caminhão de dinheiro nas praças de pedágio das sete rodovias administradas pela iniciativa privada no Estado do Rio. As concessionárias Nova Dutra (Rio-São Paulo), Concer (Rio-Juiz de Fora), CRT (Rio-Teresópolis), Ponte S/A (Rio-Niterói), Via Lagos (Rio-Região dos Lagos), Rota 116 (Rio-Friburgo) e Lamsa (Linha Amarela) arrecadaram em 2004 cerca de R$872 milhões com a cobrança da tarifa, de acordo com números fornecidos pelas agências reguladoras e pela Secretaria municipal de Transportes. O valor seria suficiente para que as sete estradas fossem completamente refeitas — com troca de asfalto e recuperação da terraplenagem — duas vezes. E ainda sobraria troco.
Segundo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), o custo médio da restauração de rodovias é de R$400 mil por quilômetro. Por esse valor, estima o Dnit, é possível deixar uma estrada como nova e com vida útil de mais dez anos. As sete rodovias controladas por empresas particulares totalizam 960 quilômetros. Assim, a dupla restauração dessas estradas sairia por R$768 milhões. A arrecadação com pedágio nessas rodovias em 2004 corresponde ainda a quase um quinto de todo o orçamento (R$4,2 bilhões) do Ministério dos Transportes para este ano.
Um caminhão de dinheiro
Rolland Gianotti e Selma Schmidt
Os motoristas têm deixado um caminhão de dinheiro nas praças de pedágio das sete rodovias administradas pela iniciativa privada no Estado do Rio. As concessionárias Nova Dutra (Rio-São Paulo), Concer (Rio-Juiz de Fora), CRT (Rio-Teresópolis), Ponte S/A (Rio-Niterói), Via Lagos (Rio-Região dos Lagos), Rota 116 (Rio-Friburgo) e Lamsa (Linha Amarela) arrecadaram em 2004 cerca de R$ 872 milhões com a cobrança da tarifa, de acordo com números fornecidos pelas agências reguladoras e pela Secretaria municipal de Transportes. O valor seria suficiente para que as sete estradas fossem completamente refeitas — com troca de asfalto e recuperação da terraplenagem — duas vezes. E ainda sobraria troco.
Segundo o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), o custo médio da restauração de rodovias é de R$ 400 mil por quilômetro. Por esse valor, estima o Dnit, é possível deixar uma estrada como nova e com vida útil de mais dez anos. As sete rodovias controladas por empresas particulares totalizam 960 quilômetros. Assim, a dupla restauração dessas estradas sairia por R$ 768 milhões. A arrecadação com pedágio nessas rodovias em 2004 corresponde ainda a quase um quinto de todo o orçamento (R$ 4,2 bilhões) do Ministério dos Transportes para este ano.
O problema é que os gestores da fiscalização são corruptos e ou ja tiveram seu nome envolvido em esquemas como o caso de Domingos Brasão.
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ISSO NÃO VAI DAR EM NADA, APENAS VAI LOCUPLETAR A BANCADA DA ALERJ...
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