16 agosto 2011

Deputado promete ato público contra pedágio na Ponte sobre o rio Negro



A cobrança de pedágio na ponte sobre o rio Negro gera novo cabo-de-guerra na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) entre as bancadas de oposição e situação. O deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) autor do projeto de lei que barra a criação da tarifa promete ir às ruas fazer um abaixo-assinado com a população se a Casa Legislativa engavetar a matéria. Para o deputado Chico Preto (PMDB) a iniciativa de Ramos tenho cunho politiqueiro.

A proposta que proíbe o Governo do Estado de cobrar o pagamento de pedágio na ponte está sendo analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALE-AM, que tem como presidente o deputado Belarmino Lins (PMDB). Ontem a reportagem ligou para o deputado para saber sobre o andamento do projeto. Ele disse que retornaria a ligação porque estava em viagem. Mas não retornou até o fechamento desta página.

Marcelo Ramos afirmou que, se o projeto for barrado vai mobilizar a população contra o pedágio por meio de um abaixo-assinado. Medida semelhante foi adotada pelo vereador Waldemir José (PT), no último mês, que levantou 61 mil assinaturas para pressionar a Câmara Municipal de Manaus (CMM) a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a licitação do transporte coletivo na cidade.

O deputado do PSB também disse que está estudando a questão do pedágio da ponte para entrar com uma ação na Justiça caso a tarifa seja cobrada. “Já existe um movimento nacional contra o pedágio. Vamos fazer uma consulta popular. Já pagamos impostos para infraestrutura viária. A lógica de que só deve pagar quem passar pela ponte não procede. Senão o Governo não teria usado os recursos do orçamento para construir a ponte”, disse Ramos.

No final de julho, o governador Omar Aziz (PMN) anunciou que o Governo encomendou estudos para decidir se vai ou não cobrar pedágio na ponte sobre o rio Negro. Segundo Omar, a população do Estado não pode pagar por uma obra que vai beneficiar apenas alguns municípios. Se o pedágio não for cobrado, os serviços de segurança e manutenção da obra serão custeados com verbas do orçamento do Estado.

Iniciada em dezembro de 2007, pelo valor de R$ 574,8 milhões, a obra da ponte totaliza hoje R$ 1,071 bilhão. A inauguração está prevista para o dia 24 de outubro, um ano e sete meses acima do cronograma original. Há duas semanas, a empresa Etam iniciou o asfaltamento da pista da ponte. Faltam concluir a estrada de acesso da margem de Iranduba e colocar os sistemas de iluminação e de segurança (defensas dos mastros dos canais de navegação).

Fonte: A Critica / ARISTIDE FURTADO

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