Do Goela de Ouro:
Liderando 182 sindicatos rurais, na semana passada, o presidente da Federação da Agricultura do Paraná – FAEP, Ágide Meneguette, enviou ao governador Beto Richa um documento expondo o descumprimento de disposições contratuais pelas concessionárias das rodovias pedagiadas no Estado. Meneguette lembra que Jaime Lerner criou; Roberto Requião prometeu baixar e acabar, mas negociou com as concessionárias sem baixar nem acabar; Orlando Pessutti não teve tempo. Agora, Beto Richa afirma que negocia e em nome dessas negociações articulou com os deputados governistas na Assembleia Legislativa do Paraná para que não fosse instalada da CPI do Pedágio. “A sociedade paranaense que paga a conta, pergunta: afinal, o que esconde a caixa preta dos contratos entre as concessionárias e o governo do Estado?”, indaga Meneguette.
Na Assembleia Legislativa, o deputado Cleiton Kielse mexeu na ferida ao pedir a instalação da CPI, propondo abrir a tal caixa do pedágio. Trombou com a mão grande e forte do governo, mas promete não desistir. O texto de seu pedido da CPI abre boas frestas de sistemáticas aberrações que desembocam em tarifas absurdas e lucros astronômicos. Segundo o deputado Kielse, “a partir de dados oficiais projetados, é possível apontar para 2011 uma receita das concessioinárias de aproximadamente R$ 1.600.000,00 (um bilhão e 600 milhões de reais) diante de despesas que não ultrapassam a R$ 250 milhões entre salários (2.206 funcionários com média de R$ 1.300,00 mensais), impostos e outros”.
Até agora não há qualquer notícia ou revelação sobre como, quando e onde estão ocorrendo as negociações entre o governo do Estado e as concessionárias. Mas é possível que isso aconteça. Afinal, em seu discurso de posse, em janeiro deste ano, o governador assegurou: “Como eu disse na campanha eleitoral, estamos prontos pra tratar de forma responsável questões inadiáveis, como o pedágio e suas tarifas incompatíveis com a economia paranaense”. Atualmente, segundo a OCEPAR (Organização das Cooperativas do Paraná), o pedágio equivale, em média, a 25% do custo do frete de grãos, podendo chegar até 28,8%, relata Meneguette na correspondência.
Fonte: Blog Zé Beto 11/10/2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário