03 novembro 2008

Serra cria mais 61 pedágios com aumento de até 422%

Este foi o resultado da privatização de estradas realizada pelo governador José Serra na última quarta-feira (29): 61 novas praças de pedágio e preços majorados em até 422,2%, a exemplo do que irá ocorrer no trecho leste da Marechal Rondon, entre as cidades de Laranjal Paulista e Bauru.

Em menos de seis meses, o motorista que passar por este trecho será “agraciado” com nove novas praças de pedágios. Hoje só tem uma. Não será mais R$ 7,20, mas R$ 37,60 que o cidadão terá que desembolsar. Para os caminhoneiros, multiplica-se esse montante para cada eixo do veículo.

No total, Serra privatizou cinco lotes, englobando as rodovias Raposo Tavares, Marechal Rondon, Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dom Pedro I. O novo pedágio paulista custará até cinco vezes o valor que será cobrado nas rodovias federais, que ficaram numa média de dois centavos por quilômetro, enquanto em São Paulo este montante pode atingir até 10 centavos o quilômetro, de acordo com matéria do jornal Hora do Povo.

Segundo reportagem da “Folha”, no corredor da Raposo Tavares (que liga as cidades de Bauru, Ourinhos e Presidente Epitácio), em que o número de pedágios será multiplicado por cinco (de dois para dez), o custo de uma viagem de ida e volta será inflacionado em 376,1%.

Para rodar os 457,4 quilômetros de ida e volta, o valor passará de R$ 9,20 para R$ 43,80 por eixo. Um caminhão com até nove eixos que tenha de cruzar todo o trajeto pagará R$ 394,20. Atualmente essa viagem para um caminhão com as mesmas características sai por R$ 82,80.

Segundo dados da Artesp, o trecho oeste da Marechal Rondon passará a ter 16 praças de pedágio, número quatro vezes maior do que o atual. O preço, como nos demais trechos, vai subir. Com a assinatura do contrato de concessão com o consórcio BR Vias SP, o valor será de R$ 24,50. Esse valor é ligeiramente menor do que o atual, R$ 26,50. Mas, com o cumprimento do programa inicial de investimento, a BR Vias poderá instalar mais 12 praças de pedágio no corredor.

Fonte: CGTB

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