29 junho 2011

Pedágios em rodovias de SP: Concessionárias têm faturamento de R$ 6 bilhões e rentabilidade de 38%

No dia 1º de julho haverá reajuste nos contratos de pedágio estaduais paulistas. O período compreende junho de 2010 a maio de 2011. No Estado de São Paulo, há dois tipos de indexadores utilizados no reajuste. O IGP- M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, cuja variação no período foi de 9,77% e o IPCA, do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, com 6,55%.

O IGPM foi utilizado para indexar os contratos firmados com as empresas antes do ano 2000 e atinge 3.500 quilômetros da malha paulista, ou 66% do total de rodovias pedagiadas. O custo quilométrico para andar nessas rodovias passará a R$ 0,10, nas rodovias simples, R$ 0,14 em pistas duplas e R$ 0,16 em sistemas, segundo dados da Artesp. É a mais cara do Brasil e levando em conta o efeito renda, entre as mais caras do mundo.

O IPCA reajusta os demais 1.774 quilômetros, cujos contratos passaram a vigorar a partir de 2009. O valor quilométrico pago nessas rodovias varia entre R$ 0,05 na Rodovia Marechal Rondon Oeste a R$ 0,085 na D. Pedro I, em pistas simples. Em pista dupla, os valores variação de R$ 0,07 na Ayrton Senna a R$ 0,12 na Rodovia D. Pedro I. Essas rodovias continuam caras, quando comparamos com licitações federais de 2007.

Na rodovia federal Fernão Dias que liga São Paulo a Belo Horizonte e foi concedida em 2007 pelo governo Lula, com pista dupla, o custo quilométrico é de apenas R$ 0,02. O governo paulista ao invés de ter adotado a mesma metodologia para baratear as tarifas de pedágio, insiste em tentar desqualificar as rodovias federais, se baseando em problemas oriundos de desapropriação de áreas e dificuldade de obtenção de licença ambiental, como aliás aconteceu com as rodovias paulistas no início da concessão e não no mérito do modelo adotado. As rodovias paulistas estão indo para 13º ano de concessão. As rodovias federais concedidas em 2007 para o 3º ano. Em breve, essas rodovias serão tão boas quanto as paulistas e custando muito menos.

De junho de 1998 a maio de 2011, o IGPM variou 213%, enquanto o IPCA, indicador mais confiável, cresceu 131%. A diferença é de 35% a mais para o IGPM. Isso indica o quanto o pedágio poderia ser mais barato se ao invés do IGPM, os contratos assinados antes do ano 2000 seriam mais de um terço menores.

Dessa forma, há um desequilíbrio desses contratos em benefício das concessionárias paulistas que apresentam atualmente as maiores rentabilidades entre todos os setores da economia, estando em 38% em 2010, enquanto, segundo a Austin Rating, na área industrial foi de 19%, na química e petroquímica de 15,8% e 15,3% no setor de construção e engenharia. O lucro dessas empresas ainda subiu vertiginosamente por causa do aumento do tráfego oriundo do crescimento econômico observados nos últimos anos.

FOnte: PlanetaOsasco

5 comentários:

Anônimo disse...

CVM AFIRMA LAMSA-INVEPAR FRAUDA CONTABILIDADE SUBFATURA ESTRADAS PRA CAPTAR RECURSOS NO BNDES...

Anônimo disse...

USANDO ARGUMENTOS FALACIOSOS LAMSA CAPTA + DE 100% EM EMPPRESTIMOS INVESTE NA AVENIDA AINDA SOBRA TROCO (CVM)...

Anônimo disse...

CPI PEDAGIO LAMSA TERMINA VEREADOR RELATOR PROMOVIDO A MINISTRO APÓS ENTREGA DO RELATÓRIO AO MPERJ...

Anônimo disse...

Mais uma vez somos reféns de políticos bandidos,que entregam nossas estradas feitas com nosso dinheiro a seus conparsas empreiteiros, com "licitações" de cartas marcadas, cobram quanto e como querem, roubando nosso direito "constitucional" de ir e vir.

Anônimo disse...

Cobrar pedágio para pagar o custo de operação e manutenção da rodovia é justo, mas cobrar estes preços abusivos pra encher o c.*. (cofre) de empresários bandidos, comparsas de políticos bandidos é um absurdo, um tal político prometeu um reajuste menor, e para conpensar daria mais 30 anos de mamata para os comparsas, pelo jeito ficaremos com os dois, o aumento e os trinta anos.