20 setembro 2011

Requião dispensou pedágio de fazer duplicação

Roberto Requião se elegeu duas vezes governador do Paraná usando como plataforma o combate implacável às concessionárias do pedágio. “Ou o pedágio abaixa ou o pedágio acaba”, ameaçava Requião na eleição de 2002. Em 2006, com algumas variações, esse refrão reelegeu Requião.

Na vida real, no entanto, Requião fez concessões enormes e desastrosas às empresas de pedágio, inclusive a dispensa da realização de obras críticas como a duplicação total da rodovia que liga Cascavel a Foz do Iguaçu, que, com o aumento do fluxo de veículos, se transformou numa autêntica “rodovia da morte”.

Em 29 de julho de 2004, tentando apresentar algum resultado de sua política de enfrentamento com as concessionárias, Requião articulou em surdina um acordo com a concessionária Rodovia das Cataratas. Em troca de a concessionária abrir mão de um reajuste previsto em contrato, o governo se dispôs a fazer concessões altamente lesivas aos usuários do pedágio.

Requião extinguiu, por exemplo, as “verbas de custeio da fiscalização do DER, para aparelhamento da política rodoviária” e protelou até mesmo as obras de manutenção “as obras de restauração inicialmente previstas par o ano 7 (2004) terão seu prazo de execução ampliado até dezembro de 2005”.


Mas a concessão mais desastrosa foi liberar a concessionária das obras de duplicação previstas no contrato. O acordo oferecido pelo ex-governador e aceito pela concessionária dizia o seguinte em seu item ‘G’: “alteração das obrigações contratuais da concessionária, mantendo-se as obrigações relativas à operação, conservação e restauração das rodovias e excluindo-se os investimentos referentes às obras de melhoria e ampliação da capacidade”.

Blog: Fabio Campana.

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