19 julho 2010

Alckmin nega revisão de contratos de pedágios


Alckmin defende pedágios e evita comparação - Candidato a governador admite rever tarifas, mas nega revisão de contratos


Fernando Zanelato
Agência BOM DIA

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu neste sábado, em Bauru, o modelo de concessão das rodovias paulistas e negou qualquer possibilidade de discutir os contratos com as concessionárias para reduzir o valor da tarifa dos pedágios.
Alckmin rejeitou ainda a possibilidade da discussão sobre as praças de cobranças nas estradas repetir o que aconteceu nas eleições de 2002 e 2006, quando o partido foi taxado de privatista pelo PT e perdeu a disputa presidencial.
Até este momento os pedágios dominaram a campanha eleitoral e viraram alvo de ataques de todos os candidatos contra o governo tucano.
Em 2006, Alckmin não conseguiu fugir do discurso da privatização, tentou se desvincular da venda de empresas públicas realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso e acabou o segundo turno contra o presidente Lula com menos votos do que no primeiro.
“Essa história de pedágios vem desde o Maluf em 1998 e todos perderam a eleição [estadual] porque a população entende. São Paulo hoje tem uma grande infraestrutura, Rodoanel, as melhores estradas do Brasil, derrubou [o número de] acidentes porque trouxe o setor privado para poder participar porque o governo não tem dinheiro para tudo. O modelo é o modelo correto”, afirmou.
O ex-governador também insistiu que os valores são corretos, mas acabou concordando por conta próprioa que há distorções. Nesses casos, diz ele, há possibilidade de rever as tarifas.
“Contrato precisa ser respeitado. A concessão foi feita, trouxe grandes investimentos. Se houver um caso ou outro que haja necessidade de analisar localização de praças, redução [de valor], isso nós vamos fazer”, garantiu.

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