Mesmo com o preço do pedágio no trecho ainda indefinido, o presidente do sindicato, Manoel Sousa Lima Júnior, afirma que a cobrança - somada ao maior percurso que os motoristas precisam percorrer no rodoanel em comparação a outras rodovias como a dos Bandeirantes - afastará os caminhões da estrada.
- O pedágio vai equiparar, por exemplo, a rodovia dos Bandeirantes com o trecho sul [do rodoanel]. Como esse último tem 30 km a mais [de extensão], os caminhões vão preferir a Bandeirantes. A tendência do motorista é sempre usar a rota com melhor custo-benefício.
Caso parte do fluxo de caminhões "fuja" do rodoanel para dentro de São Paulo, vias importantes da capital como as marginais e a avenida dos Bandeirantes podem ser sobrecarregadas.
A Secretaria Estadual de Transportes, que diz desconhecer a pesquisa realizada pelo Setcesp, afirmou ao R7 que não há indícios de que os caminhões vão deixar de usar o trecho sul. Segundo a secretaria, no trecho oeste do rodoanel já é feita a cobrança e não foi observada diminuição no tráfego.
Para o ex-secretário estadual de Transportes de São Paulo Getúlio Hanashiro, a pesquisa do sindicato não deve refletir a realidade. Hanashiro acredita que o tráfego no trecho sul do rodoanel não deve sofrer grandes alterações caso parte das transportadoras busquem outras rotas. De acordo com ele, se os preços dos pedágios forem estabelecidos com critério, boa parte dos caminhões não deve utilizar as vias da capital paulista como rotas alternativas.
- O rodoanel vai continuar tendo tráfego pesado, com ou sem pedágio. O problema é que eles [pedágios] estão muito caros. O modelo de reajuste em São Paulo tem que ser revisto, porque todo ano tem aumento.
Fonte:R7 Noticias
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