16 novembro 2011

Região é candidata a ganhar pedágio em mais quatro vias

O Governo do Estado projeta a concessão de estradas à inicativa privada, e entre as rodovias que devem ganhar praças de pedágio estão a PR-323 e a BR-272, rota de Maringá a Guaíra. No caso da rodovia federal, é necessário um acordo com a União para que o Estado assuma o trecho que liga Iporã a Guaíra. Outras vias na lista são a PR-445 (Mauá da Serra / Primeiro de Maio) e a BR-376 (Paranavaí / Nova Londrina).

A gestão Beto Richa já admitiu o interesse em abrir novas concessões, e a PR-323 é vista com uma das primeiras. O repasse para a iniciativa privada é vista como uma alternativa para desonerar o Estado e tirar as estradas das atuais condições.

A O Diário, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, adiantou que há estudos para a duplicação da PR-323 entre Maringá e Cianorte, e que isso deve resultar na instalação de uma praça de pedágio.

"Ainda não sabemos como será, mas esta pode ser sim uma solução, inclusive instalando neste trecho uma nova praça de pedágio, mas dentro de uma nova fórmula, que não onere tanto o usuário", disse.

Richa Filho não falou em prazo, mas afirmou que as negociações estavam adiantadas tanto com o governo federal quanto com as concessionárias.

Além do trecho Maringá-Cianorte, ele revelou que há um projeto de concessão da PR-445, que liga o entroncamento com a BR-376, próximo a Mauá da Serra, ao município de Primeiro de Maio.

"Além disso, discutimos com a concessionária da região de Maringá a inclusão do trecho de Paranavaí a Nova Londrina. Neste trecho, a concessionária já faz a manutenção e, se for possível esta ampliação do contrato, esse pedaço pode passar a ser atendido pela empresa, inclusive colocando ali uma praça de pedágio."

O atual estado das estradas faz com que transportadores se conformem em pagar para não enfrentar buracos. "Já estamos conformados com o fato de que o Estado não tem interesse em investir, apesar de todo o imposto que a gente paga. O transportador prefere pagar um pouco do que pegar estrada ruim. O único problema é o preço do pedágio, que está alto", diz Afonso Shiozaki, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Maringá (Setcamar).

O diretor-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Orlando Trevisan, avalia que as entidades que participam do movimento pela duplicação da PR-323 devem marcar uma reunião nos próximos dias para discutir a proposta de concessão.

"Temos que ver qual vai ser o modelo proposto pelo governo. Mas é melhor ter o pedágio do que não duplicar", avaliou.

Trevisan lembra que, no ano passado, a possibilidade de implantar pedágios na PR-323 chegou a ser discutida pelas entidades. "Foi cogitada esta possibilidade, desde que dentro de um modelo diferente, com um valor mais baixo do que os praticados atualmente".



Fonte: O Diário.com

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