12 novembro 2010

Pedágios fazem lucro da Triunfo aumentar 58,2%

Ajudada pelo segmento de rodovias, o lucro líquido da Triunfo Participações e Investimentos (TPI) cresceu 58,2%, para R$ 15 milhões no terceiro trimestre. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 72 milhões de 2010, com expansão de 27,0% em relação ao terceiro trimestre de 2009.


Também houve aumento significativo da receita operacional bruta da companhia, que cresceu 27,5%, totalizando. Além disso, a receita líquida da Triunfo no período atingiu R$ 123 milhões, com crescimento de 27,4%. "Essa expansão reflete a melhoria do desempenho da Triunfo em todos os segmentos de atuação", disse a companhia nesta quinta-feira.


O volume de tráfego em rodovias administradas pelas concessionárias Concer, Concepa e Econorte, controladas pela Triunfo, se manteve em expansão, refletindo a retomada da atividade econômica no país, evidenciada pelo forte crescimento do tráfego tanto de veículos pesados (14,8%), quanto de veículos leves (9,8%) neste período.


No conjunto, o tráfego nas três concessões da Triunfo aumentou 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado e atingiu 17,558 milhões de veículos equivalentes. Houve também aumento de 4,1% na tarifa efetiva média de pedágio, para R$ 6,63. Esses dois fatores contribuíram para uma elevação de 17% na arrecadação total de pedágio, que somou cerca de R$ 116,4 milhões no trimestre.



Portos


De acordo com a TPI, o Terminal Portuário de Navegantes, administrado pela Portonave, movimentou um total de 153.524 TEUs no 3º trimestre de 2010, uma expansão de 37,2% em relação ao ano passado. A receita operacional bruta da Portonave registrou aumento de 42,3% e somou R$ 55,4 milhões. O resultado foi influenciado pela crescimento da movimentação no cais e a um aumento de 68,4%, na mesma base de comparação, das receitas geradas por outros serviços do terminal, como armazenamento de contêineres, scanner, aluguel de tomadas reefer e taxas de ISPS Code.


A Iceport, subsidiária integral da Portonave, que movimenta carga própria do terminal, além de carga de terceiros, continua desempenhando atividades normais de trading, apesar de os serviços oferecidos pela câmara frigorificada continuarem paralisados desde incêndio ocorrido em novembro de 2009. A empresa gerou receita operacional bruta de R$ 16,7 milhões, com aumento de 339,4%.


A Maestra Logística, empresa criada para atuar no segmento de cabotagem, está sendo estruturada para iniciar suas operações. O Maestra Mediterrâneo e Maestra Atlântico, navios que vão operar o serviço, estão em fase final da reforma.


Para a companhia, o setor portuário tem ainda um grande potencial de crescimento.



Energia


No segmento de geração de energia, a Rio Verde Energia, subsidiária da TPI, colocou em atividade a segunda turbina da UHE Salto, em Goiás, e agora já está operando em plena capacidade. A Rio Verde Energia tem contrato para venda da totalidade da energia gerada à Votener, empresa do grupo Votorantim, ao preço médio de R$ 130/MWh, reajustável pelo IGP-M, pelo prazo de 16 anos. No trimestre, foram gerados 121.872 MW pela usina, e a receita de venda de energia pela Rio Verde, ao preço médio de R$ 151,20, somando cerca de R$ 18,4 milhões.


No início de outubro, foi publicada no Diário Oficial da União decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) adjudicando a concessão da UHE Garibaldi à companhia. A Triunfo aguarda para dezembro de 2010 a assinatura do contrato, que consolidará o direito de exploração da usina pelo prazo de 35 anos. A concessão desse novo projeto no segmento de geração de energia foi conquistada no final de julho, com a vitória da companhia do leilão A-5 da Aneel.


A UHE Garibaldi será construída sobre o rio Canoas, entre os municípios de Cerro Negro e Abdon Batista, em Santa Catarina. A usina terá potência instalada mínima de 177,9 MW. Uma parcela de 70% da energia assegurada já foi vendida pela tarifa de R$ 107,98/MWh.


Nesta quarta-feira, em Reunião da Apimec-Rio, a empresa não se mostrou preocupada com as mudanças de governo, afirmando que as concessões são sólidas no país. Também mostrou interesse em se expandir participando dos leilões em todos os segmentos em que atua.

Fonte: Monitor Mercantil.

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