08 dezembro 2010

Sindicatos se unem para pressionar revisão de tarifas de pedágio

Representantes do "Movimento contra os pedágios abusivos do estado de São Paulo" devem entrar ainda esta semana com uma ação na Justiça contra a medida adotada por concessionárias de rodovias paulistas que arredondam os preços das tarifas para cima em algumas praças. O movimento teve acesso a dados que comprovam que alguns pontos as tarifas estão entre R$0,05 e R$0,10 mais caras que o preço estabelecido no contrato de concessão. A prática de arredondar o valor seria um artifício das empresas concessionária para compensar a arrecadação de praças com menor potencial de faturamento.

Segundo José Matos, coordenador do movimento, na tarde desta terça-feira (07) o grupo discutiu com o sindicato dos caminhoneiros, para que entrem com uma ação conjunta. Além disso, o movimento procurou o Procon para saber se os arredondamentos podem ser questionados com base no Código de Defesa do Consumidor.

Novo governo

Quando o governador eleito, Geraldo Alckmin, anunciou que Saulo de Castro Abreu assumiria a pasta dos Transportes, o futuro secretário assumiu o compromisso de revisar os contratos de concessão de rodovias para verificar eventuais abusos na cobrança de tarifas de pedágio. "Foi dito em campanha, vamos cumprir, o governador já colocou isso para mim. Nós vamos revisar todos os contratos. Aquilo que pode ser reduzido, aquilo que pode ser melhorado para a população, evidente que se vai buscar isso aí."

"Vamos dar uma olhada nos contratos. Vamos cumprir contratos, mas nenhum dos lados pode ganhar mais do que foi contratado, nem o governo, nem as concessionárias. Ninguém fez processo de concessão para gerar prejuizo, mas também não é para gerar lucro indevido", acrescentou Castro Abreu.

Fonte: EP Campinas.

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